Depois de ouvir e ler diversos comentários sobre o Rastro da Serpente, assim nomeado pelos PHD o trecho que abrange a PR476 e a SP250, pensei que já estava passando da hora de oferecer meus pitacos. Afinal, por que tanta gente "compra terreno" por ali? E qual o significado de uma "estradinha judiada"?
Como neste inverno o tempo em São Paulo e Paraná tem sido bastante seco, entendi que era o momento certo para um bate-volta.
Nos primeiros 20 kilômetros de Capão, a estrada começou a mostrar o porque de sua fama. Em pleno sábado, cruzando com basculantes e bitrens carregados de minério, por longos trechos respirando uma poeira de calcário, fiquei preocupado com o efeito da poeira nos pulmões do V2... kkk Mas ele suportou bem, nenhum engasgo, ufa!
Chegando em Apiaí, a paradinha básica junto à placa do Rastro, pausa para fotos e segui em frente pois a idéia era atravessar a fronteira antes do meio dia.
Depois de Apiaí a estrada mostrou as caras, curvas em aclives e declives travadinhos, alguns numa "desengenharia" perversa, pra não falar na ausência de acostamento que fez pensar... ser ultrapassado ali, "sem chance"! Ah! E como eu "estava com sorte", segundo a expressão de taxistas nativos, o "desgoverno" tinha "ponhado terra nos buracos" da pista... Deixo de apresentar detalhes para não tirar o gostinho de quem pretende fazer a sua própria conferência, aliás, várias vezes deparei com equipes de medição na estrada... como este é ano de eleições, pode ser que a estrada seja recuperada, será? kkk
A paisagem é um capítulo à parte, bordejando o Vale do Ribeira, vemos a vegetação típica paranaense em solo paulista, tudo muito bonito. A temperatura e os odores estavam muito agradáveis.
Chegando ao Paraná a missão do dia foi cumprida, era hora de começar a voltar.
Na volta, conhecendo um pouquinho do "jeitão" da estrada, era hora de relaxar e aproveitar o asfalto e as curvinhas da Serpente... com um pouco mais de intimidade, senti o retorno bem mais agradável...
Um belo (ou gigantesco?) almoço, uma paradinha para uma garapa absurdamente doce na beira da estrada, e, com os "tanques cheios", vambora rodar. O pessoal que cuida do Porthal da Serpente em Capão Bonito, rasgou elogios sobre o trecho paranaense porque lá a "estrada é um tapete", tinha "causos" e mais "causos" de viajantes para contar mas não pude permanecer mais tempo, aliás indicaram uma pequena mudança de itinerário para a volta que valeu à pena, obrigado pessoal!
Resumindo o "causo", eu tenho a sugerir que se você está com vontade e disposição para conhecer, vá em frente. As paisagens e os desafios vencidos fazem compensar todas as dificuldades. Recomendo que enquanto a estrada estiver nas condições atuais evite rodar à noite e, em especial, planeje sua viagem de modo a não transitar por ali se estiver cansado. Ah! E aquele pozinho branco na pista, bonito de ver, que parece talco... entendi como aviso: rodar na chuva? Melhor não.
Good vibrations
Braço
Beleza de narrativa Plabão, ainda não conheço esse trajeto , quando me programara certamente usarei suas observações e recomendações.
ResponderExcluirAbraço
Percival
Valeu Almirante Certamente, quando o amigo e intrépido viajante aproar a nau capitânea em direção à Serpente, teremos mais uma memorável e épica investida a merecer registro nos anais da História.
ExcluirBraço